quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Em defesa do Muro de Berlim

Roberto Pompeu de Toledo

"Sem sua derrubada, onde as cores, onde o movimento,
onde a emoção de que carecem os grandes eventos da
história - o assassinato de César, a queda da Bastilha?"

Que bom que o Muro de Berlim foi construído. Se não tivesse sido construído, não teria sido destruído. E, se não tivesse sido destruí-do, como assinalar no curso da história, da maneira vistosa e dramática que merece, esse evento capital que foi o desmoronamento do mundo comunista? Com que cenário? Com que povo? Com que artefato, concreto como um muro, contra o qual investir? Ainda bem que existem os eventos simbólicos a marcar a marcha da história. Sem eles, estaríamos condenados aos "processos", essas fluidas cadeias de circunstâncias políticas, relações sociais, estados psicológicos, oscilações econômicas, percepções e acidentes que, temperadas por inevitáveis doses de acaso, conduzem a corrente da história, de forma frequentemente misteriosa, para este ou aquele leito. Atos como a derrubada do muro que dividia a antiga capital do Reich dão visibilidade à história. Servem de farol contra a falta de rosto, de cor e de volume dos "processos".

A derrubada do Muro de Berlim é evento da mesma natureza da queda da Bastilha. Claro que não foi a investida contra a mal-afamada fortaleza da Rua Saint-Antoine, em Paris, ainda mais que àquela altura já andava meio desativada, como prisão, e não continha senão sete escassos prisioneiros, que determinou a Revolução Francesa. Mas, sem o episódio da Bastilha, como dar corpo e - de fundamental importância - como dar uma data ao conjunto de transformações ocorrido naquele período da vida francesa? A própria história brasileira contém um exemplo similar - o "independência ou morte" das margens do Ipiranga. O evento salvou o advento da independência do destino de, submerso num mar de "processos", apresentar-se sem corpo e sem data. Os atos simbólicos têm o efeito de agarrar o tempo e forçá-lo a uma parada, majestosa e densa como uma escultura. Eles dão inteligibilidade à história da mesma forma como a sucessão das estações dá inteligibilidade ao ano.

A queda do Muro de Berlim, no dia 9 de novembro de 1989, permitiu que, na semana passada, houvesse uma festa na capital alemã e comemorações pelo mundo afora, pelos vinte anos da data. Sem ela, como comemorar a derrocada do império soviético e as tiranias do Leste Europeu? Uns indicariam as greves conduzidas na Polônia pelo movimento Solidariedade de Lech Walesa. Outros se inclinariam para as manifestações que compuseram a "Revolução de Veludo" da Checoslováquia. Mas qual das greves e qual das manifestações, se foram várias? Mais seguro seria apontar para o dia da ascensão de Mikhail Gorbachev à secretaria-geral do Partido Comunista - 11 de março de 1985. Mas, se foi possível a Gorbachev ascender ao mais alto cargo da hierarquia soviética, e junto com ele o impulso reformista que fermentava no interior do regime, é porque algum tipo de fissura já minava a carapaça do poder comunista.

E minava mesmo. A União Soviética já não tinha fôlego para sustentar a corrida armamentista imposta pela concorrência com os Estados Unidos. Além disso, via-se num atoleiro sem saída em seu envolvimento militar contra os talibãs do Afeganistão. Além disso, já ficara irremediavelmente para trás do Ocidente nas conquistas tecnológicas. Além disso, seu sistema econômico mostrava-se pateticamente incompetente no provimento dos bens de consumo de que carecia a população. Pronto. Estamos no emaranhado de fios que tecem os "processos", e tantos fios acharemos quanto mais nos detivermos a procurá-los. O historiador inglês Timothy Garton Ash lembrou a "lei da cornucópia infinita", formulada por outro historiador, o polonês Leszek Kolakowski. Para qualquer evento, segundo a lei de Kolakowski, é possível encontrar um número infinito de explicações.

Onde, se nos atemos aos processos, a cenografia, onde as cores, onde o movimento, onde a emoção de que carecem os grandes eventos da história - o assassinato de César, o martírio de Joana d’Arc, a batalha de Waterloo? Precisamos de teatro, esta é que é a verdade, como de ar para respirar. Dai-nos uma cena e com ela marcaremos o tempo, de forma a tirá-lo da uniformidade sem graça e sem sentido de seu fluxo contínuo. No campo das miudezas cotidianas, o momento do "parabéns a você" é o teatro que assinala a passagem de mais um ano de vida. No campo das grandiosidades históricas, o muro forneceu o cenário, e as pessoas que trepavam em cima dele, dançavam e lhe arrancavam pedaços, num misto de levante e festa popular, compuseram a dramaturgia de que carecia um evento do porte da queda da fortaleza comunista.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Com que roupa ...

...eu vou, pro samba que você me convidou?

Interessante a história desse sambinha, de Noel Rosa. A mãe dele escondeu todas as suas roupas para que ele não saísse de casa num Sábado a noite, já que era muito boêmio e sua saúde não ia muito bem (veio a morrer com apenas 26 anos, de tuberculose). Mal sabia ela que esse ato daria origem a uma música que viria a ser seu primeiro grande sucesso.

http://rapidshare.com/files/270776692/Noel_www.rsmp3.com_.rar.html

Esse foi um dos shows que vi no fds (com o neto de Cartola, cantando musicas dele e de Noel). O outro foi em SP, na sexta-feira, e chamava-se MPBLACK, com Negra Li, dentre outros. Muito bom! Assim que tiver algum outro show dela, procurarei ir!

[]'s Até mais

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Será que chove?

Na lista de conversas de elevador, a condição climática - qualquer que seja ela - ocupa o primeiro lugar disparado. Em segundo, aposto no "Como passou rápido o ano, não?". E não é que agora eu realmente quero dizer isso? Passou rápido mesmo. Para mim, acaba no final desse mês, ou seja, daqui cerca de 15 dias. Férias marcadas, dessa vez vou dar uma volta por Argentina, Chile e Peru. Saio dia 04 e volto dia 30.

Um ano sem muitas mudanças, que aparentemente não vai deixar muitas saudades. Espero me desligar um pouco de mundo durante a viagem e pensar em 2010. Uma viagem sempre recarrega as energias (além de ser uma excelente momento para deixar o celular bem desligado).

Nesse final de semana passado, mais um rodeio: Cerquilho. Parece praça de alimentação de shopping: tudo igual =) só muda o endereço. Foi bacana, e muito estressante, como mostra a foto abaixo:



Mudando de assunto, estava eu a procurar um documentário sobre o McNamara, ex-secretário de defesa dos EUA (que inclusive morreu esse ano), quando cheguei ao seguinte site: http://freedocumentaries.org. Muito bom, tem milhares de documentários, vale a pena!

O documentário que eu procurava é o "The Fog of War" http://bit.ly/U8cIe (Sob a Névoa da Guerra: Onze Lições da Vida de Robert S. McNamara).


Recomendadíssimo. O assisti no passado, durante umas aulas de Relações Internacionais. Um dos pontos mais interessantes é quando ele fala sobre a crise com Cuba (http://bit.ly/COcc2). Ele conta os bastidores de momentos delicados por que passou enquanto secretário de defesa, e deles tira suas 11 lições. São os relatos de um homem que influenciou em muito a ordem atual das coisas, e que poderia tê-la alterado drasticamente caso tivesse tomado outras decisões.

Pulando de lições para conselhos, já mandei um tweet sobre essa matéria, mas vai ela novamente: O melhor conselho que recebi http://bit.ly/1WABYK

Té mais!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Navegar é preciso

Estava comentando sobre GPS, navios, a viagem do Shacketon (tema do post anterior), etc, e me lembrei também de uma matéria interessante que havia visto há algumas semanas atrás. Pela primeira vez um navio cargueiro fez a rota Europa-Ásia passando pelo Ártico (ou seja, contornando o norte da Russia), o que representa uma diminuição de 26% no trajeto (http://bit.ly/y2eol). Se era melhor, então porque ninguem utilizava essa rota? Simplesmente porque o gelo fazia com que essas águas não fossem navegáveis, a não ser usando navios quebra-gelo, em viagens curtas. Com o aquecimento global e o derretimento do gelo, agora navios cargueiros também conseguem navegar, "inaugurando" a nova rota. É um bom exemplo das mudanças climáticas - não que eu seja catastrófico, muito pelo contrário.

Ainda sobre navios, vou comentar sobre o dia em que conheci o USS Midway, um porta aviões norte-americano que agora virou museu. Mas antes .....

Canal Livre sobre Segurança

.... Antes que eu deixe passar, gostaria de indicar um Canal Livre exibido há uma semana atrás, sobre Segurança Publica (tendo em vista os ultimos acontecimentos no Rio de Janeiro). Participaram do programa o Secretário Nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, e Paulo Storani, ex-subcomandante do BOPE. Achei muito interessante, principalmente pelas falas do Secretário, que coloca vários dados interessantes, muitos dos quais eu não sabia (o capitão do BOPE só fala obviedades). Vão ai os links.

http://maisband.band.com.br/v_39149_onda_de_violencia_no_rj_e_o_tema_do_canal_livre__parte_1.htm
http://maisband.band.com.br/v_39150_onda_de_violencia_no_rj_e_o_tema_do_canal_livre__parte_2.htm
http://maisband.band.com.br/v_39151_onda_de_violencia_no_rj_e_o_tema_do_canal_livre__parte_3.htm
http://maisband.band.com.br/v_39152_onda_de_violencia_no_rj_e_o_tema_do_canal_livre__parte_4.htm
http://maisband.band.com.br/v_39153_onda_de_violencia_no_rj_e_o_tema_do_canal_livre__parte_5.htm
http://maisband.band.com.br/v_39155_onda_de_violencia_no_rj_e_o_tema_do_canal_livre__parte_6.htm


ps: Legal ver tudo, claro, mas vão ai uma dicas de partes em que o Secretário fala (existem mais, mas isolei algumas delas):
parte 1 - a partir dos 05:00
parte 2 - a partir dos 05:00
parte 5 / 6



USS Midway

Como está rolando um concurso de fotografias onde trabalho, estava dando uma olhada em algumas fotos e, dentre elas, algumas do USS Midway.

O USS Midway é um porta-aviões que entrou em funcionamento em 1945 [mas não, ele não participou da segunda guerra =)]. Serviu na Guerra do Vietnã e outras missões, abatendo o primeiro e o último avião norte-vietnamita destruido pelos EUA. Ele foi retirado de serviço em 17 de março de 1997 e levado à Baía de San Diego-Califórnia, onde foi transformado em um museu flutuante.

O passeio é muito legal, algo indispensável para quem visita San Diego.

O CVB-41, ou USS Midway, era o líder da classe Midway. À mesma classe pertenciam também o Franklin D. Roosevelt e o Coral Sea, dois outros porta-aviões. (como podemos ver aqui http://bit.ly/M0wu8, cada porta-avião norte americano pertence a uma classe, e para cada classe há um líder, que ganha o nome da classe).

Em seus 47 anos de serviço, cerca de 225.000 homens serviram no navio. E muitos ainda continuam a servir, dessa vez voluntariamente, acompanhando os turistas nas visitas ao hoje mudeu Midway.

Interessante notar que a classe Midway foi a última a ter a pista de pousos/decolagens centralizada, em linha reta (ou, em outras palavras, um "straight-deck"). O USS Midway passou por uma reforma em que a pista foi então modificada, passando a ser transversal, assim como nos porta-aviões atuais.

Antes de ver algumas fotos do Midway, comecemos com uma do "Veterans Museum and Memorial Center", que como a placa em frente a ele diz é "Dedicated to the defenders of the freedom everywhere and in all generations" - wow. Esse museu fica no Balboa Park, ou seja, em outro lugar, já que o Midway fica na Baía de San Diego.



Aqui vemos fotos do Midway antigamente e hoje em dia, ancorado na Baía de San Diego:







Na ordem:
1) A pequena corrente que segura a âncora
2) Um dos inúmeros dormitórios, para os "peões" do navio - as acomodações dos comandantes são MTO diferentes =)
3) Não é tão facil andar em alguns locais, são portas e mais portas, isolando cada área
4) Uma parte do hospital. Legal que existem bonecos - muito fiéis, por sinal - em cada área do navio









A pista de pousos/decolagens e algumas das aeronaves expostas (sim, nessa hora a bateria da minha câmera acabou, senão teriam muitas mais fotos, turista japonês que sou - embora essas fotos do post já sejam bem selecionadas):












Por fim, uma foto da vista da Baía de San Diego estando em cima do USS Midway, e do "calçadão" em frente ao local em que o Midway se encontra, e que se extende por boa parte do entorno da baía de San Diego:





Mais informações em http://en.wikipedia.org/wiki/USS_Midway_%28CV-41%29 ou http://www.midway.org (site do museu)

Até mais!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Águas que passam

Tinha vários assuntos para abordar aqui, mas como sempre decidi mudar.

Hoje infelizmente foi minha última aula de Liderança na pós. Não vimos teorias, mas sim histórias e mais histórias. Análises do curso a parte, só por essa disciplina já valeu a pena. Quando entrei na faculdade e passei a ver números e mais números, mal imaginava a falta que iam me fazer as aulas de Geografia, História, as discussões em classe, etc. Com o tempo e a idade [embora essa não tão avançada =)], começamos a perceber as coisas das quais sentiremos falta na hora em que acontecem. Essas aulas de Liderança com certeza deixarão saudades. Felizmente, deixam também plantadas algumas sementes.

Recebi uma revista Época essa semana (bem, está melhorando, a Editora Abril vinha me mandando exemplares de Claudia, "a mais completa revista feminina" - fico só me perguntando em que cadastro errei meu sexo). Uma das matérias fala sobre uma pesquisa sobre a influência que cada um exerce numa rede social ou, em outras palavras, "o poder da amizade" - http://bit.ly/NQODW. É claro que amigos exercem influência, mas o interessante é que pesquisa tentou mostrar também como desconhecidos nos influenciam. Vamos plantando sementes que talvez nem imaginamos.

Voltando às aulas de Liderança, gostaria de recomendar uma leitura: "A Incrível Viagem de Shackleton", de Alfred Lansing - Ed Sextante. Shackleton foi um navegador - e aventureiro - irlandês, que tentou atingir o pólo sul magnético e geográfico em suas expedições. Não conseguiu atingir esse objetivo, mas conduziu seus 27 homens, sem nenhuma perda, numa viagem de volta para casa. A viagem durou cerca de 2 anos. Voltavam sem seu barco (que havia sido destruido pelo gelo), GPS, ou qualquer outra coisa além de um sextante . Estamos falando de 1914. Além de nenhum integrante da expedição ter falecido, voltaram todos com a moral alta e, 2 anos após o retorno, uma nova expedição foi feita e contou com a aceitação de todos, a despeito de todas as dificuldades e perigos enfrentados na anterior. Uma narração mais completa da história pode ser vista aqui http://bit.ly/anXnx. Além disso, deixo também o trailler e o filme sobre essa expedição (infelizmente, os dois estão somente em inglês).

Antes dos vídeos, deixo também um chorinho à la Beatles - achei interessante a proposta (downloads em http://bit.ly/3VNvWe). Help!






quarta-feira, 28 de outubro de 2009

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Bem maior que um grão de areia

Comentei com algumas pessoas sobre um video que mostra um dos data centers do Google e vi que quase ninguém o tinha visto ainda (pois bem então, ele está ai abaixo - é feio e mora longe, só não é pobre, nada pobre). Falando em data centers, alguns dados interessantes (de 2007) sobre eles e sobre o motivo de existirem:


- O principal data center do Google, que fica no estado de Oregon, consome a mesma quantidade de energia que uma cidade de 200.000 habitantes. O prédio foi erguido junto a uma hidrelétrica para que a energia fosse mais barata.

- Em um ano, os 100.000 data centers dos EUA consomem o dobro de toda a eletricidade gasta pelos moradores da região metropolitana de SP no mesmo período.

- O alto consumo dos data centers levou a agência ambiental americana a propor punições àqueles que não apresentarem boas taxas de eficiência. A taxa de eficiência é medida pela relação entre energia consumida por quantidade de dados processados. Wowwww! é o início do movimento dos data centers improdutivos.

- Cerca de 87 bilhões de e-mails são enviados diariamente. O e-mail só fica atrás do telefone em volume de uso.

- 92% dos dados já são digitais. Em 2007, pela primeira vez a quantidade de informação criada, gerada ou replicada excedeu a infraestrutura de armazenamento disponível. Não há saturação pois nem todos os dados são armazenados. É o início do movimento dos dados sem teto.


E falando em Google, um novo livro chega ao Brasil - O que o Google faria? http://bit.ly/ObryJ.
“Faça o que você faz melhor e coloque link para o restante” - nada mais certo.

Depois do que o Google faria, o que o Lula diria? Esse é o novo livro do Marcelo Tas: http://bit.ly/28Pia0 . Leia só quem tiver moral para ler. O site do livro também é muito bom, assim como seu nome é muito adequado: http://www.nuncaantes.com.br/



Até mais!

Sozinho, porém acompanhado

Ótima sexta-feira. Não, não fiz nenhum programa fantástico. Na verdade fiz: fiquei em casa. Nas ultimas semanas, fui para lá, fui para cá, estava sempre rodeado de pessoas, mas faltava me encontrar com uma em específico: Vinícius Rigoni. Tirar seu tempo de vez em quando é essencial, e faz muito bem. Um tempo para se encontrar com o maluco que está dentro de nós mesmos.

Enquanto ouvia ao CD do Nelson Ayres que coloquei no post anterior, fui baixando outro (esse um pouco mais "animado" - mas nem tanto assim), e ai foi só relaxar.

http://rapidshare.com/files/184355602/nelson_ayres_perto_do_coracao.rar

Vou até colocar uma palhinha (demora um pouco para começar):



Jajá posto outro, acho que essa noite vai ser bem longa! =)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Da água para o vinho

Tento já há alguns posts recomendar um talk show com Eike Baptista (http://bit.ly/1X6jZY), mas ele nunca se encaixa no assunto. Pois bem, não se encaixa novamente, e é por isso que começo com ele:

http://webcast4.isat.com.br/ibmec/aulainaugural/Entrada.asp
senha: ibmeceike
ps: usar Internet Explorer


Fui ao rodeio de Paulínia na sexta e no sábado. Muito bom, bem organizado. Era a vez de Thales & Thiago (dupla nova, gostei bastante), João Bosco & Vinicius, Edson & Hudson e Fernando & Sorocaba.

No domingo, um almoço no Empório Santa Therzinha, no Parque Dom Pedro - recomendado! - e uma visita ao SESC Pompéia para assistir a dois shows: Taryn e Renato Braz/Nelson Ayres (ambos voz e piano - http://bit.ly/4dCaAR). É como ir da água para o vinho. Recomendadíssimos também, quando ouvirem sobre algum show deles, não deixem de ir! Legal também sempre acompanhar a programação do SESC, tem coisa muito boa!

No mesmo SESC, havia a exposição "Sombras e Luz", que faz parte do Ano da França no Brasil. Muito interessante! A versão brasileira ocupa um lugar ainda maior do que a francesa.

Para terminar, deixo aqui o link para um CD instrumental (piano) do Nelson Ayres. Bem ao estilo sala de espera de consultório! =) rs, brincadeira, excelente.

http://bit.ly/1IOQoA (link direto para download: http://bit.ly/1Ap9IZ)

[]'s! Até mais

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Distinto post

Uma dose de preguiça postergou a publicação desse post. No entanto, nenhuma preguiça se viu na hora de torcer contra a Argentina! Sai correndo do trabalho (sim, estava trabalhando as 19:00) só pra ver esse episódio marcante. Pois é, não deu, os hermanos estão classificados para a Copa! A torcida pelo Uruguai foi forte, mas não foi suficiente.

Mas, convenhamos, eles merecem. Do jeito que as coisas vão por lá, o pão está escasso, mas pelo menos resta o circo - e tem circo maior que o Maradona dando peixinho na chuva? Fora a crise econômica que já se abatia e todos os outros desmandos do casal Kirchner (a Christina dependendo da foto parece mais a noiva do Chucky), talvez o mais duro golpe desferido contra o povo argentino até agora tenha sido dado no ultimo Sábado, com a aprovação da Lei de Comunicação argentina (http://bit.ly/42i2zL). Entre outras coisas, ela determina que um canal só poderá abranger uma área geográfica que não tenha mais do que 35% da população argentina, EXCETO, claro, o canal estatal, que fica de fora da restrição. O pão está com os Kirchner, e só com eles.

Sábado fui a um show em Jundiaí, chamado "Reencontro", com artistas locais. Muito bom! Parabéns ao Márcio pela organização!


Fiquei com uma das músicas na cabeça. Se alguém perguntar por mim, diz que fui por aí! Não, não estou terminando o post. Vai ai uma regravação com o Jair Rodrigues e Luisa Possi (ele grita pra caramba no começo, mas a Luisa compensa depois). Essa é uma das inúmeras regravações que podem ser ouvidas em http://bit.ly/3pDDeG. A propósito, clicando em Music (http://museudacancao.multiply.com/music), existem várias outras canções, cada uma com suas respectivas regravações, bem bacana! Só tem um porém, para ouvi-las é necessário se registrar no Multiply, mas compensa!



Tendo como cenário um bar, algumas histórias foram contadas durante o show (como é de dr esperar de um bar!). Achei uma delas muito interessante. Era a história de Dolores Duran (http://bit.ly/2xcJhf) e o "distinto". Dolores era uma cantora negra que se apresentava no Rio de Janeiro na década de 50. Havia um homem que sempre ia a seus shows, pois gostava muito de sua voz. Mas o "doutor" odiava negros, o caso de Dolores. Sentava-se na primeira fileira, de costas para o palco, para sequer vê-la. Também não falava com negros, e por isso digiria-se ao garçon para pedir que ela cantasse alguma musica. “Manda a neguinha cantar essa música aqui!” Ao final da noite, como era solteiro, comprava o jantar e o levava para casa. Como não carregava embrulhos (coisa de negro) solicitava ao garçon que levasse até seu carro.
Dolores pacientemente atendia os pedidos do “doutor”, até que um dia se aborreceu e contou a história a Billy Blanco (http://bit.ly/25vzMf4), seu namorado na época. Ele escreveu "A banca do distinto", e na noite seguinte Dolores cantou a musica para o "doutor". Marcas de uma época! Depois de saber a história, a letra ganha todo sentido.





[]'s e até a próxima!

sábado, 10 de outubro de 2009

Uma coisa é uma coisa?

Entrei no blog Circuito Integrado (http://circuitointegrado.folha.blog.uol.com.br) primeiro para criticar uma matéria, que pela chamada me parecia totalmente equivocada. Fui seco, decidido a criticar até a ultima geração do autor. Falhei: o titulo enganava e a matéria era pertinente.

Como já estava lá e a vontade de ficar na cama ainda era grande (hey! 9 horas de um Sábado), dei uma olhada nos outros posts. Um deles era sobre o Google Wave. Para quem ainda não viu, dê uma olhada no video no final desse post, parece bem interessante.

Mas a surpresa mesmo ficou por conta de outro post, e um que não tinha nada a ver com tecnologia ou afins. Era um post sobre Peter, Paul and Mary (http://bit.ly/TcGJL), um grupo da década de 60 (http://en.wikipedia.org/wiki/Peter,_Paul_and_Mary). E o assunto era triste, tratava da morte da integrante do grupo. Do post: "...me surpreendi com a idade dela, que morreu ontem aos 72 anos. Para mim, era ainda aquela garota vibrante..." (a garota vibrante pode ser vista no video abaixo)

Pois bem. Entrei para criticar, li algumas matérias e no final ainda tirei uma motivação forte o suficiente para me tirar da cama (vinda de um blog de tecnologia). A vida é muito curta, o brilho das garotas vibrantes um dia se vai, o tempo passa, a festa acaba, a luz apaga, o povo some. Enquanto nossa festa ainda não acabou, temos que aproveitar! Estou indo tomar banho!





Até o próximo!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016

Talvez eu seja muito brasileiro mesmo, a ponto de ainda cair no nosso mais velho clichê: de que o Brasil é o país do futuro. Não que realmente o seja, mas o fato é que o atual contexto faz com que eu nutra um certo otimismo. As coisas parecem estar dando certo para o Brasil, e agora temos pela frente a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Analisar os impactos dos dois eventos, como também seus ganhos para o país, é tarefa muito mais complexa do que os 140 caracteres do twitter. Como ponto de partida das discussões, acho interessante assistir ao(s) video(s) abaixo. Esse é um Roda Viva em que participa o ministro dos esportes, Orlando Silva.

(o video nesse post é a primeira parte do programa, os links para as demais partes encontram-se listados abaixo)



Parte 1/9
Parte 2/9
Parte 3/9
Parte 4/9
Parte 5/9
Parte 6/9
Parte 7/9
Parte 8/9
Parte 9/9

Ainda sobre o assunto, estava assistindo a um papo de economistas sobre as implicações dos jogos no câmbio. De fato, o dólar já se desvalorizou bastante de Março para cá (yes! fui para os EUA em Fereveiro com ele batendo R$2,50), e agora já está na faixa dos 1,80, o que de fato não é nada bom para nossas exportações. Por outro lado, o Bolsa Miami (o Bolsa Família dos ricos) está a todo vapor, e quem pode aproveita para dar umas voltinhas. Falta uma bolsa para a classe média (é, ela sempre se f****). Aqui em São Paulo, até que temos a "Bolsa Fiscal Paulista". Pobre não pede, rico também não, e a classe média faz a festa, ao ver o saldo parece criança, ainda mais quando ganha 20 reais (ou mais) em algum dos sorteios!

Voltando ao câmbio: com os jogos a tendência é que haja uma enxurrada de dólares, fazendo a cotação cair ainda mais. O lado bom é que esses dólares servirão para se fazer investimentos, principalmente em infra-estrutura - claro, se o dinheiro for bem aplicado! Mas, acredito que estamos preparados.

Até a próxima

domingo, 4 de outubro de 2009

Há de haver um começo

Nunca fui muito dessas coisas de blogs e afins, mas já que é de graça topo! pq não? vamu cair pra dentro! rs

Acabo de voltar do Telefônica Trio Tons (http://campinas.festivaljeitospeedy.com.br/ - sim, como os outros produtos da Telefônica, o site também está com problemas! hahaha) aqui em Campinas, muito bom! Show com Jota Quest + Toni Garrido + Ana Canãs. Aliás, musicalmente o final de semana foi muito bom, começando com um samba sexta-feira na Casa São Jorge (http://www.casasaojorgebar.com.br) - melhor musica ao vivo de Campinas segundo a Veja, é realmente muito bom!

Sábado foi dia de jogo do Corinthians no Pacaembu! Não é que estou gostando desse negócio! Apesar da derrota, é sempre um programa agradável. Antes do jogo, um chopinho no Outback. Depois do jogo, uma passada na Vila Madalena e mais um chopinho antes de ir pra casa. Hoje um almoço tranquilo e saudável no Montana Grill do shopping Iguatemi (prepare-se pra deixar uns 70 reais, mas vale a pena!) e o show do Jota.

Durante a semana posto mais. Finais de semana não foram feitos para papos profundos.

Té mais!